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Fones de ouvido sem fio: uma análise tardia

Desde os primórdios deste Manual, tenho como meta o “slow web”, que aqui se traduz em ser o último a tratar de um assunto. (Está no texto de inauguração!) Mesmo ciente disso, não imaginava que algum dia abordaria um com oito anos de atraso.

Enfim, cá estamos. Vamos falar de fones de ouvido sem fios.

Resisti a eles por dois motivos. Primeiro, porque estava satisfeito com os fones *com* fio. Usei o mesmo par por… sei lá, uns sete anos, fones tão velhos que são da época em que a Apple se dignava a incluí-los na caixa do iPhone. Bons tempos.

O segundo motivo era a minha consciência, que demorou a aceitar o fato de que os sem fio têm vida útil limitada por causa da bateria. Em média, após dois anos a capacidade bate nos 80%, o limiar do bom funcionamento. Salvo raras (e caras) exceções, a bateria de fones de ouvido não é substituível, o que significa que a maioria dos fones sem fio está destinada ao lixão mais próximo.

Rendi-me a um par de AirPods Pro no final de 2024 graças ao eterno canteiro de obras que é um condomínio com centenas de apartamentos, incluindo onde eu moro. Meus ouvidos são sensíveis. A tentação por um negócio mágico que você enfia nos ouvidos e cancela ruídos aumentou na mesma proporção da barulheira vinda de reformas na vizinhança.

Não me estenderei aos aspectos técnicos nem sonoros dos meus fones, porque muitos outros já fazem isso. (E não entendo direito, de qualquer forma.) Há outras nuances mais interessantes para tratarmos. Fones de ouvido sem fios e com cancelamento de ruídos podem proporcionar algumas mudanças de comportamento curiosas.

A primeira, mais óbvia, é a ausência do fio. Que é relativa, não se engane. O Bluetooth tem alcance limitado, de cerca de 10 metros sem obstáculos, como paredes. Nunca tive muito problema com os fios, mesmo passando pelos transtornos mais comuns (fio embolado, fio enroscando nas coisas). Dito isso, é evidente que a ausência dele proporciona mais flexibilidade.

O ponto negativo é a bateria, que nos AirPods Pro dura cerca de 6h com o cancelamento ativo de ruído (ANC, na sigla em inglês). A caixa recarrega os fones e o iOS é esperto e emite alertas quando a carga fica abaixo de 40%, o que me lembra de recarregá-la. Chato, mas bem menos do que imaginava.

O ANC, principal motivo da minha rendição aos fones sem fio, não te isola totalmente do mundo, mas é forte o bastante para tornar a barulheira da cidade grande tolerável. Sons mais destacados “vazam” a defesa; com um ruído branco de fundo, porém, é possível desligar-se do mundo, o que é algo apreciável para além da sensibilidade a barulhos. Essa combinação permite que eu me concentre a ponto de ler um livro em um café barulhento, por exemplo. É uma bênção. Se por um lado lamento que as cidades sejam tão barulhentas, pelo menos há o alento das tecnologias mitigadoras.

Em muitas situações o objetivo é esse mesmo, isolar-se do mundo. Em outras, é só mitigar os excessos — e é nessas em que outro tipo de ruído, o social, se impõe.

É falta de educação conversar com alguém usando fones de ouvido sem fios? Não sei. Sempre que posso, removo um dos fones quando estou conversando com alguém, mesmo ciente de que a “transparência” do ANC viabilizaria manter uma conversa com alguém sem precisar tirá-los. (A “transparência”, ativada quando eu falo, desativa o ANC para poder ouvir outras pessoas.)

Ainda no aspecto cultural, desgosto que este modelo específico grita (metaforicamente) que tenho um iPhone — mesmo que seja um “antigo”. Desde a Era Mesozóica que a Apple usa seus fones brancos como propaganda gratuita, valendo-se da cor branca contrastada com a silhueta de pessoas, quase uma marca registrada usada até hoje. Sinto-me um pouco como se fosse um anúncio ambulante.

A Apple enche os AirPods de firulas, e há de se reconhecer que a maioria delas é legal e/ou útil. Os fones transitam entre o celular e o computador de um jeito óbvio, sem que eu tenha que abrir as configurações do Bluetooth ou de áudio, e o que estou ouvindo é interrompido ao remover um deles do ouvido. Eles fazem um teste de audiometria e se a sua audição estiver ruim, servem de amplificadores.

É tudo muito intuitivo, zero trabalho desde o momento em que a caixa dos fones é aberta — o pareamento é ridiculamente simples.

Já os gestos, embora úteis, acho estranhos. Posso balançar a cabeça para atender ou rejeitar ligações e para impedir que a Siri leia uma notificação longa. (Ela insiste em ler o endereço dos compromissos da agenda, o que… me parece dispensável.) É ótimo ter essas opções sem precisar usar as mãos ou falar, sob o risco de parecer doido às pessoas ao redor.

Os dispositivos da Apple têm vários desses gestos anti-naturais. Além dos de cabeça dos AirPods Pro, o Apple Watch também tem os seus (gesto de pinça, girar o pulso). Sinto como se os produtos da empresa resultassem em um tipo meio esquizofrênico, alguém já absorto com seus fones nos ouvidos chacoalhando partes do corpo de maneiras estranhas e sem motivo aparente.

Apesar de tudo — o preço salgado, da vida útil limitada —, foi uma das melhores aquisições dos últimos anos. O cancelamento de ruído cumpre o prometido e a qualidade de áudio é excepcional, ou assim parece aos meus ouvidos.

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43 comentários

  1. Excelente ponto de vista, Rodrigo.
    Embora eu sempre tenha gostado de música, a minha forma de consumo sempre era ao “estilo som ambiente”. Minha gosta de ouvir rádio, e sempre associei esse costume ao jeito mais agradável de ouvir música.

    Já adulto, e dada a rotina sempre fora de casa, me rendi ao uso dos fones. Sinto saudade dos celulares que tive da Nokia e da Sony (Ericsson), me proporcionaram as melhores experiências nativas com os seus fones.

    Em 2021, adquiri um Samsung (A52 5G), que tinha com os Buds+ de brinde. E assim me reconectei o uso dos fones de ouvido. Esse guerreiro está comigo a quase 5 anos. Já houve momentos que em função do uso, apresentando diversas desconexões e interferências, em que pensei que ele estava partindo para o seu fim, mas aí do nada ele se restabelece, e volta a ser um excelente parceiro do transporte público, das caminhadas e até das corridas. Foi com ele que conheci a experiência de ter um “ecossistema”.

    Sua bateria ainda dura bastante.
    Se depender dele, não iremos nos separar.

  2. acho legal ter fones com esses recursos. eu uso um Galaxy Buds 2 Pro que tem recursos parecidos. transitar entre o laptop, tablet e smartphone sem precisar tocar em nada, gestos (mais discretos) para volume, play/pause, cancelamento de ruído e modo de som ambiente são recursos bem atrativos.

    também uso protetor auricular Loop Engage 2, mas somente em shows, ambientes que sei que são mais barulhentos mesmo. para o dia a dia, prefiro os Buds com ANC ligado. de quebra, ainda ouço um podcast ou música.

    No escritório, também uso o Buds 2 Pro, já que meu smartphone e meu laptop são Samsung, a integração é muito boa, e ele diminui a barulheira do meu ar-condicionado portátil.

  3. Alguns conselho do meu médico otorrinolaringologista e da fonoaudióloga.

    Cada hora usando fone, tem que ser compensada por uma hora sem usar fone. O ouvido precisa descansar e relaxar.

    Usar um fone concha é mais saudável e seguro para a audição, do que um que é inserido no canal auditivo.

  4. Para reduzir ruídos, em vez de usar um fone de ouvido, que tal usar um protetor auricular ? pesquisa o protetor auricular 3M (uma espuma que parece um cone), ou um de silicone que tem a forma externa de um fone de ouvido só que é uma borracha que voce encaixa no ouvido. Reduz o barulho, e ou é descartável (3M) ou voce lava de vez em quando (borracha), não gasta energia ou recursos. Eu uso, e para vizinho conversando reduz bem.

    1. Conheço essas alternativas e usei por anos as espumas alaranjadas da 3M/Nexcare para dormir. São ótimas! O ANC dos AirPods Pro são mais potentes, porém, além dos fones serem mais práticos. Ainda tenho alguns pares das espumas para emergências, mas acabei substituindo-as por dois pares da Loop (Engage, para uso na rua, Quiet 2 para dormir) e os AirPods Pro.

  5. Fiquei impressionado com o fato de que, além do ANC, ainda precisa deixar um ruído branco de fundo pra conseguir ler. Eu sofro bastante com isso, é impossível achar um lugar silencioso para ler em paz. Mesmo em casa. Tenho usado o earplugue, mas mesmo assim é difícil, porque ele não isola 100%, então tem barulho que ainda passa.

  6. AirPods são o novo Crossfit, depois que você aceita, vira quase uma religião. Eu era adepto dos fones com fio até testar a diferença de qualidade, recursos e integração com o ecossistema.

    Em tempo, recomendo demais esse vídeo mostrando como eles funcionam:
    https://youtu.be/PB_8dGKh9JI?feature=shared

  7. Eu nunca tive nem vontade sequer de ter um Apple Watch mas os AirPods são sem dúvidas meu gadget favorito! Tive o AirPods 1 e achava o preço opressivo, não recomendava a ninguém, mas depois que comprei o AirPods Pro 1 (que era o dobro do preço do anterior) me apaixonei pelo ANC. Ainda não recomendo pensando no preço, as pessoas simplesmente ficam horrorizadas com o valor, mas se tirá-lo da equação é inegável a qualidade e os recursos. Usei por 4 anos (tive duas trocas dos fones) e depois segui para o pro 2, ainda muito contente.
    Quem não puder ou não quiser este modelo específico recomendo adquirir qualquer outra marca competente porque o recurso de ANC é qualidade de vida.
    Obs.: comprei a um tempo atrás um fone com fio moondrop chu 2 só pra experimentar um fone de qualidade com fio, e de fato é bom, mas os fios (!), não consigo mais sair na rua com eles, não é prático.

  8. Eu ganhei aqueles AirPods Pro da Shopee e francamente, são incríveis. Ok, eu sei a a qualidade certamente não chega aos pés dos originais, e o estojo soa uma alarme estranho sempre que é aberto ou colocado pra carregar, mas o que eles entregam é impressionante. Bateria longa, resposta aos toques, boa vedação. Por R$59 acho que servem bem demais. Uso só pra andar ou correr, com nenhum medo de perder. E a conexão com o iPhone é simplesmente perfeita.

  9. Me lembrou isso aqui:
    https://www.instagram.com/p/DOOb91lDudh/

    Já tive vários fones bluetooth (jbl, edifier, 3 da anker, QCY) entre eles os Anker e QCY sendo os melhores em qualidade de som, porém nada chega perto do Airpods Pro 2.

    Todos os outros funcionavam ok, mas volta e meia tinham instabilidades. Ai tinha que esquecer o dispositivo, às vezes conectava só um fone, não carregava direito um lado, etc. Era sempre um empecilho.

    Com os airpods pro 2, além da qualidade de áudio e assinatura sonora bem boas e o áudio espacial no Apple Music (sou músico amador e pra mim é um diferencial bem bacana) o fato dele simplesmente funcionar sem nenhum problema já é causa ganha. É só tirar do estojo e ouvir.

    E o ecossistema apple faz funcionar ainda melhor. Você tá ouvindo no mac e pega o celular? Ele muda automaticamente e vice-versa. No relógio também. Não precisa ficar segurando botão por sei lá quantos segundos, interpretando se o led verde que pisca 18x é pq conectou ou não. Ele conversa perfeitamente entre todos os dispositivos. Avisa quando a bateria tá acabando e é só colocar no magsafe do relógio e carregar. É a experiência mais fluida que já tive com fones de ouvido.

    Pena que o preço é absurdo. A decisão de compra foi dificil, pois nunca gastei tanto em um fone. Até paguei apple care para poder garantir a longevidade da grana que gastei. Mas recomendo sem dúvidas.

  10. sou adepto dos modelos com fio.
    sou conspiracionista e não gosto de aparelhos irradiando ondas perto do cérebro.
    (eu sei que tem wi-fi, rádio normal, etc., mas desses não tem como fugir)

  11. Tive um sem fio uns anos atrás, Redmi Airdots. Foi baratinho e tava numa fase entusiasta. Comecei a odiar, porque não segurava na minha orelha mesmo testando as várias borrachinhas.

    Aí doei e voltei pro fio. Mas depois, com celular sem entrada P2, ficou mais difícil; tentei o adaptador três vezes mas não duraram nada.

    Ia comprar um tipo C mas não achei um de qualidade. Pra não passar raiva, tô sem fone há meses, inclusive quando fui e voltei de ônibus entre São Paulo e Pernambuco.

    Quando dá e não incomoda ninguém, escuto música/rádio/podcast sem fone mesmo.

  12. Ótimo texto, Ghedin! Não conhecia esses comandos de “balançar a cabeça”. Fico imaginando um “headbanger” com esses fones, hahaha.

    Uso fones bluetooth desde 2011 e, para quem já enroscou muito o fio na catraca de ônibus, é uma “libertação”. O primeiro foi o Philips SHB6100. Nessa época, a fabricação era boa: Funciona até hoje, mas por um vacilo meu, caiu no chão e ficou com o som baixo de um lado :-(

    Nos TWS (in-ear), o maior problema, como apontado no texto, são as baterias. Para quem usa muito, é difícil sobreviver somente com um par deles (eu sempre revezava). Acredito que modelo de estojo que começa a carregar assim que o fone é guardado contribua para pequena vida útil das baterias. Um amigo tinha mania de guardar os fones no bolsinho da calça jeans ao invés do estojo.

    Com o agravamento da Obsolescência Programada e um incômodo crescente com a quantidade de lixo eletrônico, comecei a procurar alternativas menos descartáveis e que caibam no orçamento (Fairbuds / Fairbuds XL são sensacionais!). Nos headphones, há aqueles com entrada P2; já nos TWS in-ear, dia desses descobri o modulo bluetooth para fones da KZ. Achei bem interessante, pois a marca já possui fones in-ear modulares (com cabo removível) e esse acessório permite tornar sem fio qualquer fone com a pinagem compatível.

  13. Aproveitando, alguém recomenda algum modelo com cancelamento de ruído que não seja caríssimo e nem in-ear? Pode ser até com fio

    1. QCY H3. Tive oportunidade de conferir pessoalmente. Funciona bem e há um software no qual você pode captar uma amostra do ruído atual a fim de que ele entregue um cancelamento de ruído melhor. Só tome cuidado com o lugar que for comprar (tempos atrás, rolou uma confusão sobre qual seria a revenda oficial da marca no Brasil).

      1. Sim, eu já quase caí no golpe dessa loja falsa, aqui tem mais detalhes: https://manualdousuario.net/orbita-post/o-que-voces-indicam-ate-r900/

        No final acabei comprando o QCY H3 e acho muito bom. Só tem um aspecto que me deixa com o pé atrás é que ultimamente dei pra ter zumbido no ouvido. Daí não sei se é por conta do fone, do earplugue que também passei a usar ou reflexo de anos de música e shows ao vivo.

        1. Queria muito o H3, mas quando cogitei pegá-lo já tinha conhecimento dessa história e preferi não arriscar (antes disso, havia comprado 2 smartwatches da QCY numa loja “deles” da Shopee e deu tudo certo).

          Sobre os problemas auditivos, há essa possibilidade. Como o ANC é algo novo, não sabemos bem o impacto disso na saúde. Há muitos anos, uma otorrinolaringologista me disse que não era recomendável usar earplugue por muito tempo. Segundo ela, um paciente havia desenvolvido uma hipersensibilidade auditiva, que poderia ter relação com o earplugue.

          É bom também checar se não é necessário fazer limpeza no ouvido. Fones in-ear e esses earplugues podem “empurrar” a cera para o fundo do ouvido.

  14. Nunca usei um fone com cancelamento de ruído. Ele funciona bem para barrar barulhos de pancadas, como quando o calcanhar do filho do vizinho bate apressadamente sobre a sua laje as 22h?
    Eu consigo tolerar barulhos como de uma música alta, mas barulhos de pancada, que escuto até com plug 3M, estão me enlouquecendo.

    1. cancelamento ativo de ruído não ajuda muito nestes casos. Pois é um tipo de som “imprevisível”. O ANC funciona melhor com sons (barulhos) contínuos, como motores, ventilador, serras, furadeiras etc.

  15. Minha esposa tem um haylou s30 e é um aparelho incrível. Me arrependo de não ter pego um para mim, pois paguei apenas 130 no Paraguay.

    Fone pra mim é só pra música. Não uso assistente pessoal e sequer permito que o fone acesse nada além de áudio.

    1. Ah, eu não comentei isso, mas “falo” com a Siri enquanto estou lavando louça e funciona super bem. “Avance 60 segundos” (para pular anúncios de podcasts), “pause”, “volte a tocar o podcast”, “toque o álbum tal”, “coloque um timer de 10 minutos”. É raro dar erro.

      Não entendo a galera que clama por uma “SiriGPT”; eu não quero fazer uma sessão de psicanálise com a Siri, só quero que ela responda esses comandos simples.

  16. Procuro um fone que tenha cancelamento de ruído para o microfone, com foco em reuniões do trabalho, ou seja, que meu interlocutor não escute ruídos ou escute baixo estes ruídos ao redor de onde estou.

    Aparentemente, todo mundo busca o tal “cancelamento de ruído” para “ouvir”, não o “falar”. Esta funcionalidade nem é sequer testada a fundo nos avaliadores de fone que vi por aí.

    Se tiverem alguma recomendação de bons fones sem fio no qual eu possa estar na rua e ainda ser ouvido claramente sem muito do barulho ao meu redor, seria ótimo!

  17. Eu uso um par de AirPods Pro 2 e digo, com sinceridade, que dos meus dispositivos Apple é o favorito. Moro em uma cidade barulhenta e a sensação de isolamento que ele proporciona é libertadora. As vezes utilizo sem música, apenas com a função de cancelamento de ruído, porque simplesmente é muito boa.

    1. Eu uso (muito) mais os fones sem estar tocando qualquer coisa do que ouvindo música ou podcast, só pelo cancelamento de ruído. Mó paz 😌

      1. Sem dúvidas! É ele cumpre bem o papel dos tampões de ouvido nesse sentido

  18. Eu acho que uso fones bluetooth desde 2011 por aí? E já tive muitas e muitas experiências.
    O que tenho atualmente é um Galaxy Buds Pro que resiste bravamente desde 2022, após muitas quedas. Eles estão horrorosos esteticamente, mas ainda atendem bem a sua função.
    Minha única questão agora é que mudei pra iphone recentemente e não há app para o dispositivo. Assim, não tenho mais o atalho pra ativar/desativar o ANC, mas isso é contornável.
    Estou pensando já nos substitutos, olhei os Airpods pro mas é uma puta grana para dar em fones, ainda mais que sou descuidado para andar com troços tão caros pendurados nos meus ouvidos.

  19. Eu uso fones com fio para fazer video chamadas (home office + reuniões o dia inteiro).

    Ainda não encontrei um bom fone de ouvido sem fio e com boa qualidade de microfone para esta situação.

    Recentemente adquiri um iPhone 16e e fui obrigado a resgatar um fone sem fio da JBL para usar na academia, já que o iphone não tem suporte ao plug p2 normal de fones de ouvido.

    1. Dá para usar um adaptador usbc >p2 ! Só não acho nada prático

      1. Oi Luis, sim, eu li sobre esse adaptador, mas não sei se a qualidade é boa e também acaba sendo uma “gambiarra” e nada prático como você disse.

  20. Os meus primeiros fones bluetooth foram os AirPods 2 comprados no lançamento em 2019, totalmente secos sem Audio Espacial nem ANC, apenas a troca fácil entre dispositivos Apple. A bateria seguia durando 2 horas até 2024 quando o fone esquerdo morreu completamente e o fone direito saia o som extremamente baixo, quase que inaudível, mantenho eles na gaveta como recordação.

    Em 2022 comprei o Beats Flex, também sem fio pra usar majoritariamente em casa devido a suas 12 horas de duração, mas o fone morreu também ano passado com o mesmo problema dos falantes dos AirPods, o esquerdo parou de funcionar e o direito estava extremamente baixo. A bateria dele ainda dura umas 10 horas, mas não da pra usar mais.

    Decidi ir para os EarPods com fio que duraram pouco mais de um ano e deu o mesmo problema kk, não sei o que acontece nesses fones da Apple comigo, me surpreende os do Ghedin terem durado 7 anos.

    Com isso tive que comprar outro fone agora no começo de 2025, fiquei entre os AirPods Pro 2 e o Beats Solo 4. Acabei indo para o Beats pelas 50 horas de bateria já que uso mais no Mac e pela capacidade de usa-lo passivamente em 3,5mm caso fique sem bateria ou quando elas não segurarem mais carga, teoricamente a longevidade dele é bem maior que os AirPods. Até o momento é a melhor experiência de fones que tive, ele tem o Audio Espacial da Apple mas não tem ANC infelizmente.

    E minha última aquisição foram os Galaxy Buds FE mês passado. O som deles é notavelmente bem pior que os da Apple mas custa muito menos e estou utilizando ele mais para podcasts fora de casa, então o impacto na qualidade do áudio é bem imperceptível com vozes. Só que ele tem ANC e foi a minha primeira experiência utilizando, o canal Mind The Headphone que já analisou trocentos fones falou que é um dos melhores cancelamentos que ele já ouviu, e é bem legal mesmo o recurso.

    Mesmo só tendo dispositivos Apple acabo não perdendo nada por usar esse fone da Samsung, só precisei parea-lo com um Galaxy no inicio para fazer a atualização de software, configurar os atalhos e mixar no equalizador pra melhorar um pouco o som, mesmo no iOS/macOS é possível ativar ou desativar o ANC ou o modo transparência mantendo o dedo pressionado no sensor dele.

    Até final do ano agora quero pegar um AirPods Pro 3 e utiliza-los em casa em conjunto com o Beats para momentos com muito barulho e testar “o melhor ANC do mercado” junto com as opções legais de compensação de perda auditiva e tradução.

  21. Acho que o problema da bateria é maior para esses fones pequenos, para uns grandes da Sony que duram 40hrs cair para 80% não quer dizer muita coisa. Fora que fones maiores são arrumáveis – já troquei as espumas de um Sony e a band de outro e eles seguem imparáveis.

    Na verdade esses fones grandes são muito duráveis, a ponto de eu achar que caso não haja uma troca de sistema de rádio (o bluetooth) eles devem durar ainda uns bons 20 anos ao menos. É nível rádio kkkkkk

  22. Para mim, o fato de andar pela casa escutando algum podcast e poder deixar o celular em alguma bancada, sem ter que carregá-lo comigo por conta do fio, é o argumento-chave para defender o fone sem fio.
    Aqui tenho um Galaxy Buds Live há 4 anos e 1 mês! Acho que nunca consegui zerar a bateria dele. E uso bastante. Segue funcionando muito bem, com exceção apenas da carcaça do lado esquerdo ter aberto uma rachadura na parte debaixo – o que não atrapalha o uso. Curioso é que essa rachadura apareceu sem ele ter caído no chão nem nada. Me parece o mesmo problema da carcaça do MacBook branco que tive no longínquo ano de 2008.
    Concordo com os colegas de que foi-se o tempo que fone branco era propaganda ambulante da Apple. Hoje há muitos genéricos no mercado imitando o visual.

  23. Tenho um Galaxy Buds a 3 anos e funcionando perfeitamente, saio do Tablet para o celular e faz a troca de device automaticamente, cancelamento de ruído é dentro da expectativa Samsung, ok .

  24. Nunca tive fones sem fio (e de bluetooth, só tive apenas aquele com um fio que passa pela nuca e une as duas unidades). E nunca tive pela razão de que imagino que deva ser muito fácil perder. Saindo do metrô lotado, um monte de gente caminhando em volta, sei lá, cai um no chão, e nunca mais encontro ele. Me admira bastante a adoção generalizada dos fones sem fio!

    1. O encaixe é bem firme nesses fones com ponteiras de silicone. Mesmo com os EarPods, em que elas são de plástico duro, nos meus ouvidos eles encaixam bem. (Tem muita gente que reclama dos EarPods e dos AirPods não-Pro por esse motivo, porém.)

  25. Só um ponto sobre usar um fone e “ser propaganda”: Maioria dos fones hoje são visualmente similares aos da Apple. Então quanto a pensar sobre isso, não precisa se preocupar. Senão é pensar que mesmo fones bootlegs/piratas também são propagandas de certa maneira.

    De resto, legal imaginar que o uso principal do fone é de “cancelamento de ruído”. É tipo como um “aparelho auditivo”, só que ao contrário – ao invés de amplificar, “muta”.

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